Nas últimas semanas, quando o assunto é Grêmio, se escuta uma grande choradeira que começa por uma direção que atribui negócios mal fadados a falta de amor dos jogadores pelo clube e termina na torcida que ecoa o choro a cada negociação frustrada.
Por isso hoje quero falar de coisas boas. Não quero falar de como a equipe teve dificuldade em tentar vencer um adversário limitadíssimo, no meio campo que não existe, na defesa que faz água até ao mais débil ataque, ou mesmo no fiasco que alguns torcedores imbecis que viajaram horas proporcionaram no Uruguai.
Quero falar de centroavante, artigo de luxo no Brasil. Com a saída de Jonas muitos deram a Libertadores como perdida, pela falta do homem gol. Mas André Lima mostrou que as coisas não são bem assim.
André Lima está muito longe de ser um primor técnico, sendo que sua habilidade técnica com a bola é bem limitada. Não sabe fazer a parede para quem vem de trás tão bem quanto Borges e nem tem a capacidade de giro rápido e preciso do mesmo.
Mas apesar disso é um jogador, que no Grêmio, cai como uma luva pela sua força física e entrega ao jogo. Ele parece saber bem quais são suas limitações e tenta compensar dentro da suas virtudes.
Ainda está longe de sua forma física ideal, pois apenas jogou 2 partidas. E para alguém que se impõe na área pela força física, o preparo é fundamental, ou melhor dizendo, vital.
Nosso último matador vitorioso em Libertadores foi Jardel, que apesar de fazer gols de todas as formas utilizando a cabeça, várias vezes tropeçava na bola ou se atrapalhava com ela.
Não precisamos de alguém com técnica insuperável, mas precisamos de alguém com entrega total, e acredito que André Lima pode ser jogador.
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